Era uma vez uma menina que se
chamava Maria Poeirinha e que nunca tinha visto o MAR. Ela e a sua família
eram pobres, viviam numa aldeia tão interior que acreditavam que o rio que ali
passava não tinha nem fim nem foz.
Certo dia, a Maria Poeirinha
adoeceu gravemente. Como ela nunca tinha visto o mar, o tio Jaime Litorâneo,
homem que um dia foi morar naquela aldeia, pensava que enviá-la num barco pelo
rio até ao mar, seria a cura da Maria Poeirinha, mas não resultou porque ela
estava tão fraca que a viagem se tornou impossível.
O irmão Zeca Zonzo, que era um
rapaz sempre com a cabeça no ar, teve uma ideia e foi buscar um papel e uma
caneta. Ele começou a escrever um “m”, depois um “a” e no fim um “r” e a sua
irmã passou o dedo por cima das letras da palavra MAR.
Uma gaivota ergueu-se do leito da menina, ela foi beijada pelo mar e
afogou-se na palavrinha. Toda a família ficou muito triste por causa da Maria
Poeirinha ter falecido.
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