Considerada uma das mais belas
livrarias do mundo por alguma imprensa internacional como o jornal "The
Guardian", que a elevou em 2008 à terceira mais bela do mundo e a estação
televisiva CNN em 2014, a Lello vai oferecer também diversos exemplares da obra
"A Lágrima" de Guerra Junqueiro e vários momentos artísticos,
destacando-se uma performance teatral com atores a fazerem renascer os
escritores Florbela Espanca e Camilo Castelo Branco.
José e António Lello eram dois irmãos
cultos, bem-sucedidos e habituados a erguer bons negócios. Mas era impossível
prever que a Livraria Lello & Irmão, que os dois inauguraram a 13 de
janeiro de 1906, seria hoje uma
das principais atrações dos milhões de turistas que todos os anos visitam o
Porto.
Para começar, se alguém lhes tivesse dito
que só em 2014 passariam pela cidade mais de dois milhões de turistas — muitos
deles chegados numa novidade tecnológica chamada avião — José e António Lello
teriam levantado os olhos com desconfiança, pensando tratar-se de alguma
invasão hostil.
Provavelmente, também
ficariam espantados ao saberem que existe um meio de comunicação chamado
Internet que permite a gente de todos os pontos do planeta a possibilidade de
verem fotografias da livraria que eles construíram. E de se maravilharem com
ela. E de, quando decidem viajar até Portugal, fazerem o desvio até ao número
144 da Rua das Carmelitas para poderem percorrer a sala cheia de livros e de bustos (da autoria do escultor Romão Júnior)
com alguns dos mais importantes escritores portugueses, como Eça de
Queiroz, Camilo Castelo Branco, Antero de Quental, Guerra Junqueiro ou Tomás
Ribeiro. Hoje, quem entra também pode ver os bustos de António Lello, à
direita, e de José Lello, à esquerda, adicionados em 1981
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